Desperdício e falta d’água
Todos sabemos da vulnerabilidade dos seres vivos à escassez de água, certo? Todos fazemos nossa parte para conservá-la usando o quanto nos é realmente necessário?
Parece uma pergunta óbvia, facilmente respondida pelo bom senso, que usamos quando se trata de dinheiro. No entanto, o que se comprova com números é outra situação.
A Organização Mundial de Saúde, ONU, aponta que são necessários entre 50 e 100 litros de água por pessoa por dia “para assegurar a satisfação das necessidades mais básicas e a minimização dos problemas de saúde”. A média de consumo no Brasil é de 150 litros por pessoa por dia, e em São Paulo 177 litros. Resta saber: este volume está sendo usado da melhor maneira?
Usar a água de praças e outros lugares públicos discriminadamente para benefício próprio como lavar carros e motos e ainda deixá-las abertas, são atitudes que geram custos maiores que o dinheiro envolvido no processo de captação – adução – tratamento – reservação – distribuição da água. O impacto negativo é ainda maior!
Sandra Mogami, editora da Revista Hydro expôs bem qual é a situação criada a partir do consumo irracional e do desperdício associados à falta de água nos municípios, como você pode conferir no link abaixo.
A água consumida desnecessariamente aumenta o volume de esgoto gerado nos municípios e aumenta a poluição de rios e córregos, mesmo que o tratamento seja eficiente. Isso gera aumento de custos do tratamento de esgoto e conseqüentemente do tratamento da água captada nos rios, que deve estar mais poluída. Com a estiagem, a vazão dos rios diminui, ou seja, há menos diluição dos esgotos (tratados e não tratados das cidades à montante que enviam seu esgoto para nós). Isto cria um círculo vicioso que só aumenta a degradação desse recurso, e assim, temos cada vez menos água de boa qualidade.
Esta situação exemplifica claramente como é importante e essencial que a população reúna esforços de maneira a conscientizar a todos: do seu vizinho de porta, ao vizinho de cidade. Somos todos afetados.
Colabore com o planeta, seu município, filhos e netos: converse sobre o assunto, economize água, informe o SAAEC sobre vazamentos, traga suas ideias e faça sua parte.
Lembre-se: o período de estiagem está só começando. Seja consciente e use o volume de água que você e sua família realmente precisam!
Referência: Revista Hydro – http://www.arandanet.com.br/midiaonline/hydro/2014/maio/index.html